ao observar a natureza, encontre as respostas para o viver da vida;
ao olhar para uma criança aprenda a sorrir como ela e seja ainda mais curioso e questionativo como ela é;
questione sobre tudo, questione por tudo.
Imagine se sua criança viesse até você hoje: qual é a pergunta que ela faria?
Imagine-se encontrando a sua criança hoje: qual a pergunta que você faria?
As crianças de todas as espécies aprendem observando a seus pais, a seus semelhantes, todas curiosas e observadoras;
o que não é entendido é questionado, geralmente para os pais, professores, avós, ou seja, os mais velhos.
Nós adultos temos a oportunidade de ser curiosos, questionar e perguntar ao Próprio Deus, Pai, Mãe, Criador de Tudo e temos a dádiva de receber a resposta mais verdadeira e rica que existe.
Não será mais um “eu não sei”;
não será mais um: “porque sim, ou um porque não”;
será a resposta verdadeira!
Pois quando a resposta vem do PAI, MÃE, só há apenas a verdade, a única verdade;
e mesmo assim, não O questionamos, não perguntamos, não somos curiosos.
Em Mateus 19: 14-15 diz:
“Então, Jesus Cristo disse: ― Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam, pois o reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas. Depois de lhes impor as mãos, partiu dali.”
Se a criança, mesmo depois de adulto, com sua pureza e curiosidade vai até o Cristo, ela irá questioná-lo, fazer perguntas que adultos sentiriam vergonha de fazer ou até mesmo achariam desnecessárias, por talvez, achar que já tem a resposta.
A criança, ela vai ser curiosa, incansável no seu anseio por respostas que só podem ser encontradas junto ao Criador.
Respostas que apenas e somente apenas Deus Pai, Mãe, pode responder com a mais profunda verdade, com o mais profundo amor.
E é dessa verdade que nasce a mais profunda das Sabedorias.
Na minha ingenuidade sempre acreditei e busquei o amor;
no meu mundo de sonhos ele sempre existiu e era puro, leve e inocente.
Com os olhos observei e procurei algo que refletia o que em meu interior sabia que existia;
com meu coração ansioso, eu passava dia após dia a espera dessa dádiva da vida;
mas o tempo passou e tudo o que eu via não refletia o que o coração sabia que sentia.
Com o tempo após o tempo, muitos e mais questionamentos me faziam duvidar desse amor tão grande, puro que parecia que antes já havia sentido;
Com o tempo após o tempo, a vida passava;
pela vida eu caminhava;
pelos lados eu olhava;
nada sentia, nada encontrava, nada enxergava que chegava perto do que eu achava que existia.
Os olhos águas derramavam que vinham direto do coração, que no peito gritava por um sinal;
uma única visão.
Em resposta após anos de questionamento, paciência e persistência na observação, meu peito expandiu;
meus sentimentos expandiram;
meus olhos se abriram e uma luz refletiu;
meus olhos então olharam para a mais bela visão dessa vida.
Era real, tudo pelo que sempre acreditei era real!
Aquele amor que eu tão buscava expandiu e explodiu pelo meu peito;
esse sentimento que eu, no externo buscava, encontrei dentro de mim como uma forma única e perfeita;
o amor que tanto queria disse pra mim que eu buscara em lugares que não devia;
que ele sempre esteve ali e sempre vai estar.
Quando meus olhos abriram entendi que o amor é de onde tudo nasce e o que tudo é;
que há apenas amor;
e que o amor que tanto é ensinado a buscar fora, e no outro, só se transforma em dor porque não foi encontrado o amor que vem de dentro antes de qualquer coisa.
Quando meus olhos se abriram, descobri que buscava por amor no lugar errado;
que depositava esperança de amor em um lugar externo do escuro;
ao invés de olhar para o lugar sagrado onde o amor está guardado.
Quando eu realmente recebi a resposta das minhas orações, eu vi a verdade;
a verdade que é amor;
e o amor como é de verdade;
existente em tudo, mas guardado em um lugar tão profundo que é preciso coragem para cavar o buraco mais fundo;
passar além da própria escuridão;
e amor ali encontrar então.
Junto consigo mesmo;
com quem si é;
com Quem Tudo Criou;
Pois apenas Ele pode realmente ensinar o que é o verdadeiro amor.
Às vezes a gente esquece que durante o processo, muitos passos são dados;
muitos obstáculos são quebrados e que a cada lágrima acolhida é um pedaço da nossa alma que volta para o lugar de início e como uma peça de quebra cabeça se encaixa perfeitamente no seu lugar de pertencimento.
Muitas vezes, durante o processo é esquecido que o corpo também sente, evolui, transforma âncora e transmuta todas as situações que enfrentamos no externo.
Fortes são aqueles que têm a coragem de olhar pra dentro e enxergar os sinais antes deles gritarem aparentes.
Corajosos são os que conversam consigo mesmos como melhores amigos, e mais corajosos ainda, são os que aprendem a ouvir cada célula de si mesmo e reconhece a sua própria voz antes da voz externa.
Sábios são aqueles que diante de tantas informações conseguem manter à atenção na verdade e entender qual a responsabilidade que a si próprio cabe e com consciência e fé a coloca em ação.
Às vezes a gente esquece que durante o processo muito se cura e se revolve com apenas um pedido em uma oração.
Como se cada parte acorda-se e tentasse correr de volta pra casa.
Aquela gratidão pela vida, na junção daquela vontade de mudança;
mudar a vida inteira, mudar o cabelo, as roupas, a casa, a cidade, TUDO.
SIMPLESMENTE TUDO.
E então a clareza bate, a percepção de que eu mudei, não eu apenas por mim mesma, mas que Deus mudou meu coração e, agora, eu abraço essa nova direção na minha vida.
Mesmo sem saber como, mesmo sem entender para onde o caminhar seguirá;
apenas seguirei com Ele.
Em provérbios 16:9 A21 diz: “O coração do homem planeja seu caminho, mas o senhor lhe dirige os passos”.
Que meus passos sejam dirigidos para o que há em meu coração;
que meu coração se torne puro como o coração de meu Criador;
e que TUDO, EXATAMETE TUDO MUDE de formas, para formas que ainda não sei,
mas sei que é possível;
sei que é leve;
sei que pode melhorar.
que minha vida mude e se transforme de forma que eu me sinta alegre, completa, abundante, realizada, por coisas que ainda não sei, mas sei em meu coração que é possível.
Pois tudo aquilo que vem do coração é realizado por Deus e tudo que é realizado por Deus é completo e repleto de amor e compaixão.
Tudo o que vem do coração é uma perfeita oração, que chega a Deus e se transforma na mais bela das canções.
na realização perfeita da PERFEITA CRIAÇÃO DO CRIADOR.
Ultimamente ao tentar escrever algumas poucas palavras, elas somem, e quando elas simplesmente veem, não há um lugar para escrevê-las;
em algum momento desse longo período, nesse longo período, notei que certas palavras não são para serem escritas, mas sim integradas;
não eram para todos, eram apenas para mim, que de alguma forma inclui todos;
não eram segredos, mas mistérios descobertos entre conversas de mim comigo mesma, com Deus e assim com o todo.
Algumas das maiores conversas acontecem no deserto, onde não há papel;
onde não há o que dizer;
onde há apenas o silêncio que ecoa no barulho do vento, o qual ambos não podem ser vistos;
apenas sentido.
As maiores conversas ocorrem quando ouço diversos questionamentos trazidos de alguma dor que vem de dentro e que não é possível aceitar;
dessa dor muitas vezes o correr parece mais plausível;
mas no decorrer há apenas uma verdade, o que não se cura, se liberta ou se fica em paz, volta.
Por isso, que haja sabedoria para aceitar e entender o que eu não possa mudar e que eu mude o que eu não consigo aceitar.
Que haja coragem;
mas acima de tudo que haja fé;
pois só com fé é que posso entender que muitas palavras são apenas para mim e que no deserto é onde encontro o meu verdadeiro sim, a minha verdadeira voz;
aquela que ecoa palavras de verdade para o meu universo, para o todo.
A estrada é escura, porém é possível ver as encruzilhadas iluminadas pela lua;
uma escolha, um caminho, o silêncio ecoa por completo e vem repleto de antigas dúvidas, medos e desejos.
Sombras do passado sussurram no silêncio ensurdecedor, apenas deixe ir, vá, pegue o caminho, qualquer um a escolha é sua.
A crua sensação da verdade na mentira;
a sensação de que somos passageiros na vida sem saber o destino final, então só nos resta aproveitar a jornada, escolher uma estrada e seguir.
Seguir sozinho, seguir nossos destinos de acordo com o nosso livre arbítrio e mesmo assim, às vezes, soa algo sem sentido desestabiliza quando algo não parece ser a escolha que antes sentira.
Talvez a estrada sempre foi escura;
as escolhas sempre desestabilizaram;
as vozes sempre ensurdeceram no silêncio, mas nunca foram ouvidas e agora estão sumidas, desconectadas ou assombradas pelas paradas da vida que deviam ter seguido, mas fizeram estadias longas demais.
Somos passageiros da vida, sem saber o destino final, onde estradas escuras, iluminadas pela luz da lua cala as vozes, emerge as sombras a serem deixadas;
o caminho antes nunca escolhido começa a fazer sentido, mesmo que sentido nada faça nessa jornada de passagem só de ida pela vida tão confusa, tão incerta de várias paradas e partidas;
idas e vindas, seguindo pela estrada escura sem saber o destino final de cada escolha livre…
e assim, a gente vive e sobrevive sendo passageiros, mas podendo tornar a jornada cada dia mais incrível mesmo nos dias mais escuros, confusos e sensíveis.
Em meio a encontros e desencontros o olhar para o passado,
às vezes é necessário para dar o próximo passo no agora,
não com visão de medo;
mas sim, com vista clara de que sempre há uma solução;
sempre há algo a ser aprendido.
Porém é preciso além de olhar, ouvir;
ouvir com ouvidos limpos e peito aberto;
ouvir o que vem do passado, não apenas dos nossos atos;
mas de outros que antes de nós vieram.
Ao caminhar por uma estrada escura, esburacada no meio do nada;
perdida e cansada, parecia não haver luz para iluminar a caminhada.
No meio do percurso, quase já em desistência, avistei uma senhora, de idade que parecia avançada, mas com disposição incomparada.
Em um impulso, senti segura em sentar para ali naquela paz que ela sentia descansar.
– O que lhe preocupa querida criança? – A senhora me perguntou e sem sermão de me importar o peito abrir mostrando a minha nua e crua dor.
Com um olhar doce em meio a minha estrada confusa e escura, com um sorriso esboçado no rosto com plena certeza ela me disse:
– Não se preocupe tanto, minha filha, com questões relacionadas ao externo da vida. Tudo dá certo, tudo se acerta, coloca Deus na frente e tudo se ajeita.
Franzi o cenho, sem sermão, havia muitas coisas que eu queria perguntar, afinal, como poderia eu apenas não me preocupar?
Mas após um tempo em silêncio, pensando na melhor forma de a questionar, ao olhar para o lado, ela ali já não parecia estar.
Segui o meu caminho, sem saber para onde estava indo, sozinha e cansada, apenas continuei indo;
segui em questionamento, havia algo a mais ali, e não tinha nada a ver com a minha falta de confiar em Deus ou deixar que Deus fizesse algo para mim;
havia algo ali…
havia algo a mais ali.
O silêncio era inevitável, a imersão em mim e em meus questionamentos era palpável, e em um mero momento de descanso indescansável, uma luz tão clara que cegava com uma voz no fundo de trilha sonora.
“Tudo passa, tudo é passageiro e impermanente e da mesma forma que temos um problema, temos também a solução.”
A luz diminuiu e agora o caminho era fácil de enxergar e, assim, pode ser visto o algo a mais que ali estava.
Tudo vem e vai;
durante a vida, várias fazes vão por ela passar, desde o nascer até o morrer;
todos são dias que pequenas mudanças vão ocasionar.
Alguns obstáculos serão preciso ultrapassar;
decisões serão preciso tomar no processo;
e na hora de qualquer dúvida, entregue a Deus.
No final tudo vai passar, as pessoas, o trabalho, o caminho já percorrido, olhe para trás, ele ficou pisado tudo foi resolvido.
Passou a juventude, os amores, os relacionamentos, o trabalho.
No final, tudo passa e o que fica são as ações;
ações de amor, de seguir de peito aberto nas soluções que Deus traz com tanto amor;
no final, o que importa é qual obra Deus construiu em mim e eu nos outros;
no final, o que importa é o quanto evolui e edifiquei, o quanto a luz de Deus em mim eu deixei iluminar o meu caminho e outros a luz eu guiei;
o quanto aproveitei das oportunidades que apareceram e o quanto a Deus em mim entreguei meus desafios diários.
No final, o que importa é a vida que vivi e que seja leve e cheia de paz, amor, amor e paz;
no final, depois de tudo isso refleti, desejei tudo isso antes ouvir.
A senhora mais uma vez para mim surgiu e sua voz doce e calma ecoou a resposta da minha pergunta silenciosa;
– Ouviu quando afinal estava pronta para um ponto final finalmente acertar no encerramento da sentença resolvida, e assim, começar em uma nova linha, em um novo capítulo, um novo livro da vida em páginas em branco.
No começo do agora, eu sei que tudo está dentro de mim, assim como tudo está fora.