Quem realmente é, foi e será.

Era de tanta beleza que os olhos não tinham visto nada igual;

era de uma aparência e beleza jamais vista antes sobre a Terra caminhar;

era cheio de tanta luz, coberto pela grandeza do amor de Deus;

ao passar e caminhar por entre a escuridão, os olhos ardiam a ponto de tampá-los por ser difícil de enxergar;

a escuridão não queria olhá-lo, não conseguia encará-lo, e ainda ser a mesma.

A verdade, era que Sua Luz era tão verdadeira, tão grande e milagrosa;

tão milagrosa quanto as mãos do próprio Deus podem ser;

Ele era, e é o Deus vivo em nós.

Mas o medo de sair das trevas fez todos se afastarem;

o apego a dor e ao sofrimento, fez a Ele negar e O entregar;

Ele caminhou sobre a luz em tempos de escuridão e foi condenado pela verdade que trazia em seu coração.

Ele morreu na carne e provou que somos eternos;

que tudo isso é passageiro e que nada merece tanto apego.

Ele trouxe a verdade e aqui ela prevaleceu e prevalece;

Àqueles que O buscam em verdade, O conhece.

Ele se fez como nós, para mostrar que nós somos como Ele;

E se fez por toda a eternidade o Caminho, a Verdade e a Vida;

Se fez um canal direto com o Pai, Mãe, Vida, para todos que desejam acessar.

Nathalia Favareto

Oração a quem EU SOU

Eu me esvazio de mim e assim me torno mais quem EU SOU, quem TU ÉS;

eu me esvazio de mim para que o Espírito Santo possa falar através de mim e agir através dos meus atos.

Hoje e sempre que Espírito Santo fale através de mim;

hoje e sempre que o Espírito Santo utilize a minha voz para que o mundo possa escutar a TUA voz através de mim.

Hoje eu decido esvaziar-se de mim para que TU possas me fazer um canal do TEU AMOR E DA TUA COMPAIXÃO;

Que SUA VERDADE seja transmitida através de mim hoje e sempre, pois só há um verdadeiro Deus e só há uma verdade que importa.

Eu hoje me esvazio de mim e assim me torno a verdade como ela é.

Amém!

Nathalia Favareto

Dez anos depois.

Dez anos depois…

Dez anos depois que fomos jovens;

Veremos que ser jovem é poder pensar, fazer, dizer o que queremos;

Saber que o mundo é onde vivemos;

Poder mudar, crescer, sonhar e aprender;

Buscar por tudo até vencer.

Dez anos depois de que fomos jovens;

Veremos que ser jovem é ter a força e a coragem;

É ser persistente mesmo sem vontade;

É pensar a vida como uma eternidade;

Dez anos depois que fomos jovens;

Veremos que ser jovem é o que todos somos;

Ser jovem é o que sonhamos;

Que para ser jovem, não tem idade;

Seremos jovens de hoje até a melhor idade.

Seja daqui há dez, vinte ou trinta anos e ainda sim seremos jovens.

E depois de dez anos de que fomos jovens;

Quando não mais jovens nos chamarem;

O que será que mais lembrado do tempo de jovens, que fomos chamados?

Nathalia Favareto

Sentimentos que despertam

E se eu apenas observasse?

E se apenas observasse o caminho o qual percorro agora, ao invés de tentar olhar aquele que ainda está por vir?

E se eu olhasse em volta desse caminho e conseguisse ver a linha do tempo de tudo o que eu já vivi?

Histórias por histórias, acontecimentos por acontecimentos, respiração por respiração e cada sentimento que tudo isso desperta em mim.

E se eu olhasse para essa estrada como uma linha única da história da minha vida e as respostas já estivessem respondidas em algum momento de toda a história que vivi?

Mas me distraio, o caminho a diante parece-me mais agradável, vejo o que é possível;

um passo depois do outro, olhos firmes no caminho a frente, nunca no passo que está sendo dado;

ignoro o chamado de olhar pro caminho percorrido, para os lados, para o chão que os pés pisam agora;

afinal já olhei o caminho lá antes, não há nada de novo nesse lugar, que antes era a estrada a frente e agora se tornou a estrada que piso.

Passo a passo despercebido que a estrada a seguir é criada pelo passo dado agora e pelos passos que ficaram pra trás.

Em algum momento o cansaço se instala, é preciso parar;

as pernas doem, o corpo doe, respirar parece doer e olha que isso é automático, nunca foi preciso perceber;

a estrada a frente parece agradável um lugar onde tudo é possível, mas cansado o corpo está esgotado, é preciso parar.

A respiração começa a ser cada vez mais notada, os olhos se fecham por um instante, o corpo agradece e relaxa;

quantos belos sons são possíveis ouvir;

quantas belas paisagens são possíveis olhar;

onde estava toda essa beleza que antes parecia os olhos não enxergar?

e os olhos se abrem e a ideia do apenas observar se torna constante;

os passos já dados podem ser vistos como os pedaços de migalhas de pão que não comeram os pássaros;

um caminho marcado pelos passos que percorri.

De repente um desejo de voltar explode em meu ser;

minha mente impulsiona, mas o corpo não responde a esse querer;

e uma nuvem branca circula meu corpo, o que meus olhos veem enchem de sentimentos o meu ser;

minha linha da vida sendo observada por quem eu sou agora, pelo quem me tornei.

Histórias por histórias, acontecimentos por acontecimentos, respiração por respiração e um turbilhão de sentimentos que me despertam;

para a minha estrada, para a linha única da história da minha vida e para as respostas de perguntas que nem foram feitas já respondidas.

O chamado agora é de permanecer no passo a ser dado, atento, observando sem esquecer que o futuro se planta no presente e que novos horizontes se abrem observando o passado e curando-o no presente.

Talvez a estrada a frente não será mais como uma linha reta, mas cheias de novas linhas, pra direita, esquerda, frete e de assim por diante,

pois a cada novo passo marcado no chão permaneço na observação do que escolho e para onde escolho;

sem certo ou errado, apenas em pleno viver do caminho sagrado da volta pra casa;

casa do meu ser, de quem EU SOU e não de quem quero ser.

Nathalia Favareto