Carta aberta a você e a todos presente no todo

Há muito nesse disse me disse da vida, de palavras ditas e escritas sem entendimento do que realmente se é, de qual é a verdade;

em tempos tenho descoberto que ao questionar qual é a verdade, não somente descubro a minha própria e única que descreve quem eu sou, diferente do que me pedem para ser, com a de todo o Universo.

Antes de colocar uma carta aberta sobre relacionamentos, quero que olhe ao seu redor e dentro de si, somos seres duais, estamos em uma vivência dual e o masculino e o feminino está em tudo, principalmente em nós;

olhe observe e constatará, até mesmo em uma relação homossexual há o masculino e o feminino, pois essa é uma forma, uma força, uma vibração que está no mundo.

Digo isso porque há muito ouço pessoas catalogando a diferença entre homens e mulheres, entre homens e meninos.

Não se confunda, antes também ficava perdida, ainda mais como mulher, nem mesmo entendia onde eu deveria estar ou o que deveria fazer, nesse disse me disse de tudo e todos é muito fácil se perder de si mesmo.

Enfim meu questionamento veio cheio de meios e respostas e quero compartilhar aqui uma analogia que talvez ajude a você a entender um pouco mais sobre a nossa pouca visão sobre os relacionamentos e como os vemos.

Quando falamos da diferença entre um homem e um menino e uma mulher e uma menina, quando pontuamos isso, o que fazemos é julgar, o que achamos certo e errado, e na maioria das vezes usamos essas diferenças para ofender o outro;

no entanto, essa diferença existe, mas está mais em você do que no outro, mais na sua forma de enxergar a vida do que na própria pessoa a quem tanto culpa.

Em nossa sociedade(que não é má) apenas tem seu próprio jeito de educar e dizer como as coisas devem andar, o caminho é trilhado de uma forma infantil, criando-se uma visão infantil de tudo, isso reflete em nós quando tornamos adultos, tudo o que falamos, ouvimos, a forma como agimos e enxergamos o mundo a nossa volta continua infantil, pois apenas amadurecemos quando permitimos olhar para o conhecimento de dentro e não apenas para o de fora.

Até mesmo o nosso paladar é infantil, quantas vezes você ouviu que o açúcar não faz bem, mas continua ingerindo porque é difícil trocar por uma fruta, que também contém açúcar. De onde vem essa atitude? Que faze de nossa vida temos tento apego a algo que não queremos soltar?

Quando voltamos a uma sociedade que busca por estremos e não respeita a individualidade do feminino e masculino(energia) e assim tentamos fazer com que todos atuem em uma mesma frequência estamos sendo infantis.

Estamos criando uma sociedade que vibra no masculino, onde há competição atrás de competição, onde o nutrir virou uma forma de “vergonha” onde o feminino (e mais uma vez não digo mulher ou homem) se tornou escasso, ignorado e até mesmo alvo de piadas sarcásticas escondidas em um próprio masculino ferido.

Não é sobre a diferença de homens e meninos ou mulheres e meninas, é sobre a diferença do olhar para a vida e entender que algo muito maior e mais inteligente orquestra tudo e quanto mais sairmos da essência de nosso ser, mais esse Poder Inteligente vai buscar por equilíbrio.

Agora falando sobre homens e mulheres, já se perguntou o porquê há mais mulheres que homens no mundo ou o por quê na sua família ultimamente as crianças que nascem são só mulheres?

Mulheres com essência do feminino, o sufocam, o escondem e correm contra a correnteza para vibram no masculino, para se encaixar nesse extremismo e ilusão de igualdade criada pela sociedade agravada. Esse Poder Inteligente Maior vai buscar uma forma de equilibrar, sempre.

O feminino, nunca será igual ao masculino, a mulher nunca será igual ao homens, sim temos que buscar por igualdade e direitos civis, mas na essência, isso é outra história e na busca por essa igualdade ferimos o feminino, o ocultamos e desligamos ele, esquecendo que o feminino(energia) é quem gera e nutre, ele mantém vivo, ele equilibra e apazigua, ele é que detém uma guerra, intermedia e a impede, ao invés de começa-la.

Olhe ao seu redor e se questione, me xingue se quiser, discorde, tá tudo bem, mas se isso, esse texto fizer você olhar ao redor e se questionar, vai começar a perceber que o menos é realmente mais.

É isso que difere o homens do menino e a mulher da menina;

é o entender e o saber que lugar cada um ocupa, entender qual energia prevalece dentro de nós e deixa-la fluir;

isso é o respeito, pois transborda o respeito pelo que há de maior em seu ser, seja ele o feminino ou o masculino, seja você homem ou mulher, hétero ou homossexual, não importa, há uma energia que prevalece, essa deve-se deixar fluir e a outras trabalhar, acolher, explorar, nutrir. Ter consciência de que ela também precisa ser vista e alimentada.

Enquanto estivermos olhares infantis para a vida e para o que buscamos em um relacionamento seja amoroso, de trabalho ou amizade, nos encontraremos em relacionamentos que não irão nos permitir sair do lugar, por estarem presos em uma fantasia, ilusão criada em cima de expectativas irreais e é aí onde a tão famosa fala aparece: “ninguém quer nada sério!” ou “esse trabalho, meu patrão, meus amigos são péssimos.”

Será que é tudo isso ou é apenas a sua visão que está presa na infantilidade de como a vida deve ser?

Lembre-se semelhante atrai semelhante, o relacionamento que está atraindo diz mais sobre você e seu olhar pra vida, sobre o que precisa olhar do que sobre as outras pessoas.

Por isso, esqueça o disse me disse e olhe para o que a sua inteligência interna diz só assim encontrará uma forma de ser livre e feliz, mas principalmente só assim encontrará o equilíbrio e a igualdade que tanto busca.

Deixe ser e deixe estar, não como dizer que devem ser, mas como apenas se é.

Nathalia Favareto