O constante, inconstante
Nada é constante;
estar na vida é buscar o caminho do meio, aquele tão famoso equilíbrio;
é entender que tudo é dual e tudo pode ser tudo e que cabe a nós escolhermos com consciência a qual caminho em qual momento devemos trilhar;
nem buscar pela explosão colorida da felicidade e nem se deixar levar pela escuridão da tristeza;
é entender que basta estar e nunca travar na rigidez de um único ser;
é saber que o sentir é como o respirar, faz parte de estar vivo, do experenciar.
Eu vejo essa constante busca pela plena felicidade a alcançar, como se tivéssemos que correr e correr de braços esticados e corpos cansados, correr sem parar, como se em algum momento dessa, a tocaremos e a abraçaremos sem deixa-la jamais escapar;
Vejo que o mais simples poder conseguiu nos fazer deixar de acreditar;
o poder do impossível que a fé pode alcançar e com isso a felicidade ficou com a descrença escondida no correr da vida que nem ao menos se sabe onde vai chegar.
Estique a sua mão, vê onde ela pode alcançar, agora relaxe, feche os olhos e se pergunte: o quão longe você já foi no seu próprio interno?
Ao conseguir parar e no mais profundo do seu ser olhar;
quando permitirmos com todo o externo desconectar e tudo o que nos aprisiona liberar, é aí, bem aí que a felicidade vai estar.
Nathalia Favareto