A voz do silêncio
O peito grita;
o subconsciente emerge;
a palavra escrita quer fluir, se expressar, mas a mente e seus medos bloqueiam e assim, a mais velha das guerras segue e segue;
o comando para que ela pare vem de mim mesma;
sou eu quem diz para essa guerra não tão silenciosa para o interno quanto é para o externo que é hora de acabar.
O silêncio é quem deve ganhar essa batalha;
é no silêncio vem a voz que tudo transforma;
foi do silêncio que veio o primeiro som que tudo criou;
no silêncio surgiu a primeira voz que depois milhares se tornou;
essas milhares, aquela primeira ofuscou, e no barulho ela se perdeu se dissipou;
mas é no silêncio que ela pode ser reencontrada, ouvida, seguida e nela fazer morada.
O peito grita para a voz do silêncio ouvir;
a voz onde ecoa a consciência, lugar único onde ela pode emergir;
onde a guerra termina e a paz reina plena e sem fim;
pois a paz reina de dentro para fora;
onde se descobre que tudo acontece de dentro para fora.
Na paz do silêncio interno é onde se encontra a verdadeira paz que tanto se busca ou julgar lugares externos.
Nathalia Favareto