Aquela gratidão pela vida, na junção daquela vontade de mudança;
mudar a vida inteira, mudar o cabelo, as roupas, a casa, a cidade, TUDO.
SIMPLESMENTE TUDO.
E então a clareza bate, a percepção de que eu mudei, não eu apenas por mim mesma, mas que Deus mudou meu coração e, agora, eu abraço essa nova direção na minha vida.
Mesmo sem saber como, mesmo sem entender para onde o caminhar seguirá;
apenas seguirei com Ele.
Em provérbios 16:9 A21 diz: “O coração do homem planeja seu caminho, mas o senhor lhe dirige os passos”.
Que meus passos sejam dirigidos para o que há em meu coração;
que meu coração se torne puro como o coração de meu Criador;
e que TUDO, EXATAMETE TUDO MUDE de formas, para formas que ainda não sei,
mas sei que é possível;
sei que é leve;
sei que pode melhorar.
que minha vida mude e se transforme de forma que eu me sinta alegre, completa, abundante, realizada, por coisas que ainda não sei, mas sei em meu coração que é possível.
Pois tudo aquilo que vem do coração é realizado por Deus e tudo que é realizado por Deus é completo e repleto de amor e compaixão.
Tudo o que vem do coração é uma perfeita oração, que chega a Deus e se transforma na mais bela das canções.
na realização perfeita da PERFEITA CRIAÇÃO DO CRIADOR.
Ultimamente ao tentar escrever algumas poucas palavras, elas somem, e quando elas simplesmente veem, não há um lugar para escrevê-las;
em algum momento desse longo período, nesse longo período, notei que certas palavras não são para serem escritas, mas sim integradas;
não eram para todos, eram apenas para mim, que de alguma forma inclui todos;
não eram segredos, mas mistérios descobertos entre conversas de mim comigo mesma, com Deus e assim com o todo.
Algumas das maiores conversas acontecem no deserto, onde não há papel;
onde não há o que dizer;
onde há apenas o silêncio que ecoa no barulho do vento, o qual ambos não podem ser vistos;
apenas sentido.
As maiores conversas ocorrem quando ouço diversos questionamentos trazidos de alguma dor que vem de dentro e que não é possível aceitar;
dessa dor muitas vezes o correr parece mais plausível;
mas no decorrer há apenas uma verdade, o que não se cura, se liberta ou se fica em paz, volta.
Por isso, que haja sabedoria para aceitar e entender o que eu não possa mudar e que eu mude o que eu não consigo aceitar.
Que haja coragem;
mas acima de tudo que haja fé;
pois só com fé é que posso entender que muitas palavras são apenas para mim e que no deserto é onde encontro o meu verdadeiro sim, a minha verdadeira voz;
aquela que ecoa palavras de verdade para o meu universo, para o todo.
A estrada é escura, porém é possível ver as encruzilhadas iluminadas pela lua;
uma escolha, um caminho, o silêncio ecoa por completo e vem repleto de antigas dúvidas, medos e desejos.
Sombras do passado sussurram no silêncio ensurdecedor, apenas deixe ir, vá, pegue o caminho, qualquer um a escolha é sua.
A crua sensação da verdade na mentira;
a sensação de que somos passageiros na vida sem saber o destino final, então só nos resta aproveitar a jornada, escolher uma estrada e seguir.
Seguir sozinho, seguir nossos destinos de acordo com o nosso livre arbítrio e mesmo assim, às vezes, soa algo sem sentido desestabiliza quando algo não parece ser a escolha que antes sentira.
Talvez a estrada sempre foi escura;
as escolhas sempre desestabilizaram;
as vozes sempre ensurdeceram no silêncio, mas nunca foram ouvidas e agora estão sumidas, desconectadas ou assombradas pelas paradas da vida que deviam ter seguido, mas fizeram estadias longas demais.
Somos passageiros da vida, sem saber o destino final, onde estradas escuras, iluminadas pela luz da lua cala as vozes, emerge as sombras a serem deixadas;
o caminho antes nunca escolhido começa a fazer sentido, mesmo que sentido nada faça nessa jornada de passagem só de ida pela vida tão confusa, tão incerta de várias paradas e partidas;
idas e vindas, seguindo pela estrada escura sem saber o destino final de cada escolha livre…
e assim, a gente vive e sobrevive sendo passageiros, mas podendo tornar a jornada cada dia mais incrível mesmo nos dias mais escuros, confusos e sensíveis.
Oração dada pelo Mestre Jesus. Essa oração está gravada em uma lápide de alabastro em Jerusalém, em aramaico original (língua na qual Jesus falava com as pessoas). Oração retirada do site: Adonai Gaya/Oração de Jesus
Quando recebi essa oração senti muito forte de que ESSE FOI O PAI NOSSO ensinado por CRISTO JESUS a seus discípulos.
A oração que Jesus ensinou:
” Pai-Mãe, respiração da vida, fonte do Todo, ação sem palavras, criação infinita!
Faz tua Luz brilhar em nós, entre nós e além de nós para que possamos torná-la útil.
Ajuda-nos a seguir o Caminho, em retidão e reverência. Que através de nós se faça presente sua divina consciência.
Assim na Terra, como no Céu.
Nosso EU, no mesmo passo, possa estar com o Seu, para que caminhemos em
unidade e harmonia com todas as criaturas.
Que a vontade divina seja o único desejo, em toda a direção, em todas as formas, em toda realidade individual, assim como, em toda existência coletiva.
Faça-nos sentir a alma da Terra dentro de nós, pois assim, honraremos a sabedoria
e a vida que existe em tudo. E nesse fundamento, dá-nos o pão nosso (maná)
de cada dia e a confiança de que nada nos faltará.
Não permita que a superficialidade e a ignorância nos iluda, e nos liberte de tudo aquilo que impede nossa ascensão.
Não nos deixe cair no esquecimento do propósito real e único, pois é fato que retornaremos até que se cumpra o plano supremo.
Abra nossos olhos para a verdade e justiça e nossos corações para o amor e perdão,
para que em paz, possamos viver os nossos dias.
Possa seu amor ser o solo onde crescem todas as nossas ações.
Em meio a encontros e desencontros o olhar para o passado,
às vezes é necessário para dar o próximo passo no agora,
não com visão de medo;
mas sim, com vista clara de que sempre há uma solução;
sempre há algo a ser aprendido.
Porém é preciso além de olhar, ouvir;
ouvir com ouvidos limpos e peito aberto;
ouvir o que vem do passado, não apenas dos nossos atos;
mas de outros que antes de nós vieram.
Ao caminhar por uma estrada escura, esburacada no meio do nada;
perdida e cansada, parecia não haver luz para iluminar a caminhada.
No meio do percurso, quase já em desistência, avistei uma senhora, de idade que parecia avançada, mas com disposição incomparada.
Em um impulso, senti segura em sentar para ali naquela paz que ela sentia descansar.
– O que lhe preocupa querida criança? – A senhora me perguntou e sem sermão de me importar o peito abrir mostrando a minha nua e crua dor.
Com um olhar doce em meio a minha estrada confusa e escura, com um sorriso esboçado no rosto com plena certeza ela me disse:
– Não se preocupe tanto, minha filha, com questões relacionadas ao externo da vida. Tudo dá certo, tudo se acerta, coloca Deus na frente e tudo se ajeita.
Franzi o cenho, sem sermão, havia muitas coisas que eu queria perguntar, afinal, como poderia eu apenas não me preocupar?
Mas após um tempo em silêncio, pensando na melhor forma de a questionar, ao olhar para o lado, ela ali já não parecia estar.
Segui o meu caminho, sem saber para onde estava indo, sozinha e cansada, apenas continuei indo;
segui em questionamento, havia algo a mais ali, e não tinha nada a ver com a minha falta de confiar em Deus ou deixar que Deus fizesse algo para mim;
havia algo ali…
havia algo a mais ali.
O silêncio era inevitável, a imersão em mim e em meus questionamentos era palpável, e em um mero momento de descanso indescansável, uma luz tão clara que cegava com uma voz no fundo de trilha sonora.
“Tudo passa, tudo é passageiro e impermanente e da mesma forma que temos um problema, temos também a solução.”
A luz diminuiu e agora o caminho era fácil de enxergar e, assim, pode ser visto o algo a mais que ali estava.
Tudo vem e vai;
durante a vida, várias fazes vão por ela passar, desde o nascer até o morrer;
todos são dias que pequenas mudanças vão ocasionar.
Alguns obstáculos serão preciso ultrapassar;
decisões serão preciso tomar no processo;
e na hora de qualquer dúvida, entregue a Deus.
No final tudo vai passar, as pessoas, o trabalho, o caminho já percorrido, olhe para trás, ele ficou pisado tudo foi resolvido.
Passou a juventude, os amores, os relacionamentos, o trabalho.
No final, tudo passa e o que fica são as ações;
ações de amor, de seguir de peito aberto nas soluções que Deus traz com tanto amor;
no final, o que importa é qual obra Deus construiu em mim e eu nos outros;
no final, o que importa é o quanto evolui e edifiquei, o quanto a luz de Deus em mim eu deixei iluminar o meu caminho e outros a luz eu guiei;
o quanto aproveitei das oportunidades que apareceram e o quanto a Deus em mim entreguei meus desafios diários.
No final, o que importa é a vida que vivi e que seja leve e cheia de paz, amor, amor e paz;
no final, depois de tudo isso refleti, desejei tudo isso antes ouvir.
A senhora mais uma vez para mim surgiu e sua voz doce e calma ecoou a resposta da minha pergunta silenciosa;
– Ouviu quando afinal estava pronta para um ponto final finalmente acertar no encerramento da sentença resolvida, e assim, começar em uma nova linha, em um novo capítulo, um novo livro da vida em páginas em branco.
No começo do agora, eu sei que tudo está dentro de mim, assim como tudo está fora.
A presença da pele e da carne é uma dadiva que possibilita o impossível, a mudança, a transmutação, a ação e a criatividade.
O corpo feito para experiência, crescer, evoluir e viver, de fluir com a natureza.
O corpo, a casa de todo o meu infinito ser de amor e poder, afinal o amor é o poder.
O poder de criar, viver e aceitar quem se é sempre sabendo que ainda há tempo para mudar.
O corpo que tanto é julgado, judiado e exigido, o corpo que sempre é torto aos olhos superficiais.
O corpo, quando olhado inteiramente é dádiva de saber que é uma pequena molécula de todo o Universo.
O corpo que permite sentir a tudo, e que é finito em estado humano, tornando o viver ainda mais belo, feroz e milagroso.
O corpo que aguenta e suporta o dia a dia;
que auxilia na jornada;
que divido com amor com o outro, divido a carne e a energia que se completam, se fundem e se manifestam como uma apenas uma.
Somos o masculino e feminino em energia e fundimos em corpo nossas metades, para assim provarmos do verdadeiro significado de plenitude, completude e cumplicidade.
É o amor pelo meu próprio ser que se expande no amor pelo outro;
é a entrega de o meu próprio ser que gera o compartilhamento do amor.
Copo com corpo, alma com alma, ser com ser, completos e repletos da energia do viver.
A dependência de vestir uma armadura antes de sair de casa;
a potencialização do ser humano, de acreditar que é melhor ser quem não se é, e fingir ser o que os outros acham que devem ser, afinal, os outros são aqueles que comandam você;
se isso é mentira, ótimo;
porém, observe e reto-me a permissão de comando sobre si mesmo.
A máscara que é usada para agradar a todos e sorrir enquanto se é apedrejado em praça pública;
o medo de envelhecer e descobrir que depois de tudo o que viveu você será apenas descartado;
mas que mundo todo errado, em vez de criarmos heróis, alimentamos vilões ferozes que geram medos e aprisionam as nossas almas.
Que mundo todo torto, que gira em torno de corpos e rostos escondidos atrás de mentes obscuras e medrosas no exílio.
Para esse mundo escondido derrubo as muralhas e estampo a verdade em seu teto de vidro;
Escolho deixar a armadura cair;
escolho o caminhar pelo mundo sem máscaras, nua e livre.
Não há nada de errado em ser quem se é, em lutar pelo que se quer, em começar de novo independente do que se acha dependente;
Tirei a minha máscara, estou desnuda e grito podem vim, me apedrejem;
mas já deixo avisado, cansei de remediar o irremediável;
por isso, não vou sorrir falsamente, mas também não vou chorar, vou me reerguer e dizer exatamente onde é o meu lugar.