E se

E se eu disser que tudo pode acontecer?

Em um piscar de olhos tudo muda;

e se você olhar a vida como um sonho?

Onde nada é real e não há medo;

e se a vida for um sonho, onde tudo é possível e nada é real?

Então deixe todos os medos para trás e encare todas as suas sombras;

olhe para dentro do seu coração com verdade e profundidade;

se o medo vier a tona, chame ele para a briga;

acredite, você não vai perder essa batalha.

Como eu sei?

Sei porque você é luz;

você é feito de amor;

e nesse grande inteiro e infinito Universo, Deus sabe quem você é;

Ele tem um nome diferente para você;

um que você não conhece, não se recorda,

mas que Ele nunca esquece.

Nesse grande e extenso Universo, onde se sinta apenas mais um;

existe um Criador que sabe seu nome e que te fez único e lhe chama de filho/filha;

nesse extenso Universo essa vida é apenas uma fagulha do fogo eterno da luz e do amor.

Nathalia Favareto

O corpo

Meu corpo se expande e não se limita.

A presença da pele e da carne é uma dadiva que possibilita o impossível, a mudança, a transmutação, a ação e a criatividade.

O corpo feito par experiência, crescer, evoluir e viver, de fluir com a natureza.

O corpo, a casa de todo o meu infinito ser de amor e poder, afinal o amor é o poder,

O poder de criar, viver e aceitar quem se é sempre sabendo que ainda há tempo para mudar. 

O corpo que tanto é julgado, judiado e exigido, o corpo que sempre é torto aos olhos superficiais,

O corpo, quando olhado inteiramente é dádiva de saber que é uma pequena molécula de todo o Universo;

O corpo que permite sentir a tudo, e que é finito em estado humano, tornando o viver ainda mais belo, feroz e milagroso.

O corpo que aguenta e suporta o dia a dia,

Que auxilia na jornada,

Que divido com amor com o outro, divido a carne e a energia que se completa, se fundem e se manifestam como uma apenas uma.

Somos o masculino e feminino em energia e fundimos em corpo nossas metades, para assim provarmos do verdadeiro significado de plenitude, completude e cumplicidade.

É o amor pelo meu próprio ser que se expande no amor pelo outro,

É a entrega de o meu próprio ser que gera o compartilhamento do amo,

Copo com corpo, alma com alma, ser com ser, completos e repletos da energia do viver.

Nathalia Favareto

Mundo torto

 A dependência de vestir uma armadura antes de sair de casa;

a potencialização do ser humano, de acreditar que é melhor ser quem não se é, e fingir ser o que os outros acham que devem ser, afinal, os outros são aqueles que comandam você;

se isso é mentira, ótimo;

porém, observe e reto-me a permissão de comando sobre si mesmo.

A máscara que é usada para agradar a todos e sorrir enquanto se é apedrejado em praça pública;

o medo de envelhecer e descobrir que depois de tudo o que viveu você será apenas descartado;

mas que mundo todo errado, em vez de criarmos heróis, alimentamos vilões ferozes que geram medos e aprisionam as nossas almas.

Que mundo todo torto, que gira em torno de corpos e rostos escondidos atrás de mentes obscuras e medrosas no exílio.

Para esse mundo escondido derrubo as muralhas e estampo a verdade em seu teto de vidro;

Escolho deixar a armadura cair;

escolho o caminhar pelo mundo sem máscaras, nua e livre.

Não há nada de errado em ser quem se é, em lutar pelo que se quer, em começar de novo independente do que se acha dependente;

Tirei a minha máscara, estou desnuda e grito podem vim, me apedrejem;

mas já deixo avisado, cansei de remediar o irremediável;

por isso, não vou sorrir falsamente, mas também não vou chorar, vou me reerguer e dizer exatamente onde é o meu lugar.

Quem realmente é, foi e será.

Era de tanta beleza que os olhos não tinham visto nada igual;

era de uma aparência e beleza jamais vista antes sobre a Terra caminhar;

era cheio de tanta luz, coberto pela grandeza do amor de Deus;

ao passar e caminhar por entre a escuridão, os olhos ardiam a ponto de tampá-los por ser difícil de enxergar;

a escuridão não queria olhá-lo, não conseguia encará-lo e ainda ser a mesma.

A verdade era que Sua Luz era tão verdadeira, tão grande e milagrosa;

tão milagrosa quanto as mãos do próprio Deus podem ser;

Ele era, e é o Deus vivo em nós.

Mas o mede de sair das trevas fez todos se afastar;

o apego a dor e ao sofrimento, fez a Ele negar e O entregar;

Ele caminhou sobre a luz em tempos de escuridão e foi condenado pela verdade que trazia em seu coração.

Ele morreu na carne e provou que somos eternos;

que tudo isso é passageiro e que nada merece tanto apego.

Ele trouxe a verdade e aqui ela prevaleceu e prevalece;

Àqueles que O buscam em verdade O conhece

Ele se fez como nós, para mostrar que nós somos como Ele;

E se fez por toda a eternidade o caminho, a verdade e a vida;

Se fez um canal direto com o Pai, mãe, vida, para todos que desejam acessar.

Oração a quem EU SOU

Eu me esvazio de mim e assim me torno mais quem EU SOU, quem TU ÉS;

eu me esvazio de mim para que o Espírito Santo possa falar através de mim e agir através dos meus atos.

Hoje e sempre que Espírito Santo fale através de mim;

hoje e sempre que o Espírito Santo utilize a minha voz para que o mundo possa escutar a TUA voz através de mim.

Hoje eu decido esvaziar-se de mim para que TU possas me fazer um canal do TEU AMOR E DA TUA COMPAIXÃO;

Que SUA VERDADE seja transmitida através de mim hoje e sempre, pois só há um verdadeiro Deus e só há uma verdade que importa.

Eu hoje me esvazio de mim e assim me torno a verdade como ela é.

Amém!

Nathalia Favareto

Dez anos depois.

Dez anos depois…

Dez anos depois que fomos jovens;

Veremos que ser jovem é poder pensar, fazer, dizer o que queremos;

Saber que o mundo é onde vivemos;

Poder mudar, crescer, sonhar e aprender;

Buscar por tudo até vencer.

Dez anos depois de que fomos jovens;

Veremos que ser jovem é ter a força e a coragem;

É ser persistente mesmo sem vontade;

É pensar a vida como uma eternidade;

Dez anos depois que fomos jovens;

Veremos que ser jovem é o que todos somos;

Ser jovem é o que sonhamos;

Que para ser jovem, não tem idade;

Seremos jovens de hoje até a melhor idade.

Seja daqui há dez, vinte ou trinta anos e ainda sim seremos jovens.

E depois de dez anos de que fomos jovens;

Quando não mais jovens nos chamarem;

O que será que mais lembrado do tempo de jovens, que fomos chamados?

Nathalia Favareto